Obra logística estratégica, a conclusão do trecho Norte do Rodoanel, em São Paulo, deve garantir fluidez ao tráfego intenso na Região Metropolitana da Capital, mas pode agravar os congestionamentos na chegada à Baixada Santista e nos acessos ao Porto de Santos, se a terceira pista Planalto-Baixada Santista e o segundo viaduto da Alemoa não forem construídos simultaneamente.
A análise é de especialistas ouvidos por A Tribuna. O assunto veio à tona após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva(PT) anunciar que o Governo Federal destinará R$1,35 bilhão para as obras, na última sexta-feira, durante a cerimônia em comemoração aos 132 anos do Porto de Santos, na sede da Autoridade Portuária de Santos (APS). O aporte será do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Vale lembrar que o investimento federal complementa os recursos necessários para viabilizar a obra que tem um orçamento de R$ 3,4 bilhões e foi concedida pelo Governo de São Paulo ao consórcio Via Appia.
O contrato de concessão foi assinado em 9 de agosto do ano passado, pelo prazo de 31 anos, para as obras e exploração do trecho. O consórcio investirá R$ 2 bilhões na construção e mais R$ 324 milhões para a implantação de projetos auxiliares. No segundo critério de classificação do edital, que foi o desconto do aporte do Governo de São Paulo, houve abatimento de 23,1%, restando uma subvenção estimada de R$ 1,07 bilhão para o Estado.
SUBVENÇÃO
Procurada, a Secretaria Estadual de Parcerias em Investimentos (SPI), confirmou que o aporte do BNDES cobrirá omontante da subvenção que o Estado teria que destinar à obra. O concessionário tem prazo de um ano para elaborar o projeto de engenharia revisado.
Já a previsão de início e término da obra é de dois anos, mas a intenção do Estado é antecipar o máximo possível. O trecho Norte do Rodoanel integra o pacote de obras estruturantes para São Paulo que serão viabilizadas por meio da parceria firmada, no último dia 30, em Brasília, entre o presidente Lula e o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), que tem o túnel imerso Santos-Guarujá como carro-chefe. O acordo foi costurado pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa.
A OBRA
De acordo com o BNDES, a conclusão do trecho Norte do Rodoanel poderá retirar cerca de 84 mil veículos do fluxo diário da marginal Tietê, na Capital Paulista.
O trecho a ser construído deve ter 19,7 quilômetros de vias em quatro faixas e outros 26,1 quilômetros de vias em três faixas, com velocidade diretriz de 120 km/h, além de 14 túneis, totalizando 12 quilômetros de extensão ou aproximadamente um quarto de toda a rodovia.
Fonte: A Tribuna Jornal
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