A Transpetro, subsidiária de transporte da Petrobras, abriu a primeira licitação para a construção de quatro navios de transporte de combustíveis. São os primeiros do programa de expansão e renovação da frota. Até o final de 2025, o plano é lançar pelo menos quatro editais para a construção de 25 navios próprios, somando um investimento de U$2 bilhões a U$2,5 bilhões (entre R$10,9 bilhões e R$13,7 bilhões), com tarifas especiais.
A restauração da indústria naval tem sido uma constante investida do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que fala com regularidade sobre a retomada da construção de navios no Brasil desde sua posse. “Quero que vocês tenham certeza de que a gente vai recuperar a indústria naval brasileira”, relatou o presidente em um evento em Niterói (RJ), em abril deste ano.
A determinação passa diretamente pelos investimentos da Petrobras na área. A provável lentidão do ex-presidente da estatal, Jean Paul Prates, em retirar esses projetos do papel é demonstrada como um dos motivos que levaram à sua demissão. A nova presidente da instituição, Magda Chambriard, assumiu o cargo em maio sob a cobrança do governo para investimentos em obras proeminentes e, também, ressuscitar a indústria naval nacional.
No dia 10 de julho, Magda disse que o edital para a construção dos quatro navios de classe handy vai diminuir a exposição estatal às flutuações no custo do frete, que afetam as taxas de afretamento. Os navios, com capacidade entre 15 mil e 18 mil toneladas de porte bruto (TPB), vão movimentar derivados de petróleo. “Ficaremos menos expostos à flutuações no preço de frete e vamos reduzir custos”, explicou ela.
Fonte: Jornal Valor Econômico.