Os ministérios de Minas e Energia (MME) e da Indústria e Comércio (Mdic) foram responsáveis por divulgar, no dia 21 de novembro (terça-feira), novas propostas para descarbonizar a indústria brasileira, além de aumentar a eficácia energética de pequenas e médias empresas (PMEs). Dois estudos sobre o tema, comandados pela entidade do governo alemão, GIZ, foram realizados, contando com o apoio da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Marco Schiewe, diretor da GIZ, relata que a implementação de um plano nacional à eficiência energética da área industrial poderia resultar em uma economia de custos da ordem de R$ 10 bilhões, até 2050. Deste modo, não apenas aproximadamente 4,5 milhões de toneladas de gás carbônico equivalente (tCO2e) podem ser evitadas, como novas oportunidades para desenvolver, criar e inovar empregos podem ser originadas.
Schiewe relata: “O potencial real é até maior, mas fomos conservadores no cenário”, no qual o valor se desdobra duas vezes. Isto é, há a possibilidade de economizar R$ 7,5 bilhões com mudanças no uso de energia térmica, que representa 80% do consumo energético industrial, assim como R$ 2,5 bilhões ao aprimoramento do Programa de Eficiência Energética (PEE), cujo objetivo é desenvolver projetos em eficiência energética, considerando pequenas e médias (PMEs) indústrias.
Autor: Naiara Bertão
Fonte: Jornal Valor Econômico
Foto: Leo Pinheiro/Valor