União tem repasse recorde de petróleo do pré-sal em 2023


A União teve direito de receber 17,08 milhões de barris de petróleo que foram produzidos nos campos do pré-sal em 2023. O resultado, de acordo com a Pré-Sal Petróleo (PPSA), é 57% maior do que os 10,9 milhões de barris registrados em 2022. 


O total de petróleo a que a União teve direito em 2023, nos contratos de partilha de produção,é o maior volume recebido desde que as jazidas do pré-sal começaram a ser exploradas comercialmente, em 2017. Desde então, a União acumula um total de 41,93 milhões de barris de petróleo produzidos. Mas, de acordo com a presidente interina da PPSA, Tabita Loureiro, a curva de produção nos próximos anos será mais acentuada e, por consequência, a União terá direito a receber maior volume de petróleo.


 A estatal estima que a União contará com 1,3 bilhão de barris nos próximos dez anos. Loureiro ressaltou que a curva de produção de petróleo nos campos do pré-sal sob regime de partilha da produção tem se comportado conforme o previsto. 


“Nossos estudos apontam para um pico de produção ao final da década em função de contratos que já possuem declaração de comercialidade”, disse Loureiro, em comunicado enviado pela PPSA na semana passada. 


Os contratos de partilha que estão em produção operaram com 15 navios-plataforma,registrando produção total de 323,07 milhões de barris, 38% acima do número registrado em 2022. A União também teve direito a 45 milhões de m3 de gás natural disponível para a exportação, oriundos de nove campos. O volume é 30% abaixo do repassado em 2022, número motivado pela redução no volume de gás da União do campo de Sapinhoá. Embora a produção no local tenha aumentado,a participação da União foi menor em função de uma maior remessa de custos que foi reconhecida no ano. 


Ainda segundo PPSA, os maiores campos produtores de petróleo do pré-sal em 2023 foram Búzios (167,83 milhões de barris), Mero (73,36 milhões de barris) e Sépia (36,31 milhões de barris). 


No contrato de partilha de produção, o Estado brasileiro é proprietário do petróleo e gás natural produzidos em áreas do pré-sal, de modo que as petroleiras atuam como operadoras. 


A PPSA é responsável pela gestão de 17 contratos em regime de partilha. Nos leilões passados e na chamada oferta permanente de partilha (OPP), às petroleiras disputam áreas no pré-sal o critério para vitória é da oferta à União do excedente em óleo. Excedente em óleo a parcela da produção de petróleo e/ou gás natural a ser repartida entre a União a empresa vencedora, segundo critérios definidos no contrato opercentual ofertado na rodada. 


Esse excedente em óleo é comercializado posteriormente pela PPSA. Na semana passada, por exemplo, a PPSA anunciou a vitória da chinesa CNO O Cem um processo de venda direta de 500 mil barris do campo de Sépia. O valor ofertado não foi divulgado, mas a PPSA informou que as cargas tiveram a venda baseada no preço do petróleo do tipo Brent pela primeira vez. 


Os contratos referem-se à produção dos campos de petróleo de Tupi,Atapu, Búzios, Espadim, Itapu, Mero, Sapinhoá, Sépia e Tartaruga Verde Sudeste. Em todos os campos, 22 navios-plataformas (FPSO, na sigla em inglês) estão produzindo petróleo. 


A primeira venda de petróleo da União extraído de área regida por um contrato de partilha de produção foi realizada em março de 2018.


Fonte: Jornal Valor Econômico

Foto: Reprodução


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