O Conselho Diretor do Fundo da Marinha Mercante (CDFMM) autorizou a liberação de R$11,97 bilhões para financiar 32 projetos privados com foco na modernização da indústria naval. Os investimentos serão direcionados à construção, modernização, conversão, docagem e reparos de embarcações, além de melhorias em estaleiros e terminais portuários. O anúncio foi feito na última semana. Entre os projetos aprovados, destaca-se o financiamento de R$3,7 bilhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a empresa LHG Logística Ltda.
Esse valor será destinado à construção de 400 balsas e 15 empurradores que serão utilizados para o transporte hidroviário de minério de ferro e manganês pelos rios Paraná e Paraguai. A produção das embarcações ocorrerá em seis estaleiros brasileiros ao longo dos próximos quatro anos, gerando cerca de 5,5 mil empregos diretos e indiretos, com grande parte dos recursos sendo direcionados às regiões Norte e Nordeste do país.
EXPANSÃO
O projeto permitirá o aumento do escoamento através da hidrovia de minérios extraídos em Corumbá (MS) até o terminal de Nova Palmira, no Uruguai. Isso deverá resultar em uma expressiva redução nas emissões de gases de efeito estufa, já que o modal hidroviário é uma alternativa mais sustentável em relação ao transporte rodoviário e ferroviário, contribuindo para a descarbonização do setor logístico brasileiro.
GERAÇÃO DE EMPREGOS
Segundo o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, a aprovação deste projeto será crucial para fortalecer a indústria naval e gerar empregos, principalmente nas regiões Norte e Nordeste. Além disso, o projeto reforçará a integração regional com Paraguai, Argentina e Uruguai. O trecho brasileiro da Hidrovia Paraguai foi incluído como prioridade no Plano Geral de Outorgas (PGO), com potencial para se tornar uma concessão nos próximos anos. O Fundo da Marinha Mercante, administrado pelo Ministério de Portos e Aeroportos junto aos bancos públicos federais, tem o objetivo de impulsionar o desenvolvimento da marinha mercante e das indústrias de construção e reparo naval no Brasil.
Fonte: A Tribuna.