APS limita tempo de armazenagem do nitrato de amônio na Baixada

A Sobre as medidas de segurança na movimentação de nitrato de amônio, a Autoridade Portuária (APS) afirma que o tempo de armazenagem do produto no Porto de Santos “é de no máximo 15 dias, o que evita a sua degradação e mantém as suas características antidetonantes (de não explodir)”.


A Autoridade Portuária também pondera que “no Porto de Santos a mercadoria é movimentada e armazenada seguindo rígidos critérios de segurança, estabelecidos em âmbito nacional e internacional, dentre eles o seu monitoramento permanente, controle de temperatura dos armazéns, controle de umidade”. E diz que essas medidas servem “para evitar a contaminação do produto, além de preparação para resposta a qualquer anormalidade, o que se traduz em equipes treinadas, equipamentos e infraestrutura para o saneamento de qualquer anormalidade”. 


Apesar de ser descarregado em terminais próximos a residências e ao comércio no Saboó e no Estuário, o nitrato de amônio é armazenado apenas na margem esquerda, no Guarujá, em um terminal especializado. 


“Na margem direita (em Santos) não há armazenagem do produto, apenas operações de descarga direta, onde a mercadoria é descarregada do navio diretamente para caminhões com destino para áreas situadas fora do Porto Organizado”, conclui a Autoridade Portuária de Santos.    


INSUMO É USADO DESDE A 1º GUERRA MUNDIAL


Embora o nitrato de amônio tenha sido sintetizado pela primeira vez em 1659 pelo químico alemão Johann Rudolf Glauber, ele não foi usado em explosivos até a 1ª Guerra Mundial, quando fabricantes de armas o misturaram com trinitrotolueno (TNT) para fazer bombas mais baratas. 


Na explosão de Beirute, a onda de choque resultante moveu-se mais rápido do que a velocidade do som; vídeos de telefones celulares mostram o impacto que atingiu a cidade alguns segundos antes de um estrondo sônico. 


Em janeiro de 2023, no total 50,2 mil toneladas de nitrato de amônio foram descarregadas em Santos. Já no mês passado, o volume caiu para 41,3 mil toneladas, o que representou uma queda de quase 10%. Porém, a importação de fertilizantes em geral cresceu 25% no mês passado, na comparação com janeiro de 2023, saltando de 720 mil toneladas para 900 mil toneladas no mês passado. 


Na interpretação da Autoridade Portuária de Santos, o menor volume de adubo movimentado no cais santista no começo do ano passado pode estar ligado, eventualmente, às tensões causadas pela invasão russa à Ucrânia em 2022. 


E a recuperação no volume de fertilizantes descarregados agora em 2024 seria reflexo das rotas alternativas para o escoamento de produtos estabelecidas pelos fornecedores do Leste Europeu a partir do segundo semestre de 2023. 


Fonte: Diário do Litoral

Foto: Reprodução 


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