Entidades cobram fim de greve de auditores

O movimento de greve dos auditores fiscais começa a gerar reflexos negativos para o fluxo do comércio exterior brasileiro, conforme ofício enviado ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, pelo presidente do Instituto Brasileiro de Comércio Internacional e Investimentos (IBCI), Welber Barral. 

 

Segundo o documento, que é subscrito por outras três associações privadas, cargas estão levando quatro vezes o tempo normal para o desembaraço nas áreas aduaneiras. O ofício diz ainda que não tem sido observada “preocupação” do Governo Federal com uma solução rápida para o fim do movimento grevista, o que gera risco de desabastecimento de insumos estratégicos para a indústria e para o agronegócio e resultaria em “prejuízo expressivo para a economia”. 

 

No extremo, a situação pode inviabilizar a operação e o investimento de muitas empresas, advertem no documento o IBCI e as associações das Indústrias de Produtos de Higiene, Limpeza e Saneantes de Uso Doméstico e de Uso Profissional (Abipla), das Empresas de software (Abes) e da Indústria de Café Solúvelm(Abics). Segundo o IBCI e as associações, os prazos de desembaraços que demorariam normalmente até cinco dias atualmente estão levando mais de um mês. 

 

Dizem também que o acúmulo de cargas nos aeroportos, por onde passam encomendas e remessas internacionais, prejudica operações de marketplaces e plataformas digitais de comércio e resulta em um grande número de desistências e cancelamentos de compras. 

 

O ofício ainda diz que muitas das importações represadas são destinadas à ampliação e modernização de infraestrutura. “Há perigo de desabastecimento de insumos estratégicos para a indústria e para o agronegócio, redundando em prejuízo expressivo”.

 

Fonte: A Tribuna Jornal

 

Foto: Reprodução 

 
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