Estudo, treino, consciência: proteção

Apesar do constante avanço tecnológico, o capital humano continua sendo considerado primordial para o sucesso na geração de receitas em uma empresa. Preservar os colaboradores significa elevar a competitividade e garantir diferenciais a uma organização. Não é à toa que a gestão de pessoas se tornou prioridades no ambiente profissional.


 Aliados a isso, estão os investimentos em segurança do trabalho, como acontece no Polo Industrial de Cubatão, que conta com programas de gerenciamento de riscos e treinamentos internos para conscientizar e, principalmente, manter a integridade física e psicológica dos funcionários. No Centro de Integração e Desenvolvimento (Cide) do Município, há uma comissão técnica relacionada ao tema para identificar, mapear e propor soluções de segurança do trabalho nas empresas do Polo. 


De acordo com diretor-executivo da entidade, Ricardo Salgado, essa é uma preocupação que visa valorizar os colaboradores, pois com o uso de sistemas de gestão de controle é possível que todos os serviços contemplem aspectos capazes de preservar os funcionários das indústrias. 


“Mantemos a continuidade das nossas operações, e isso será revertido como um valor para a nossaregião”, destacou. A observação do diretor foi reiterada pelo coordenador do curso de pós-graduação em Engenharia de Segurança do Trabalho da Universidade Santa Cecília (Unisanta), Elio Lopes. 


Ele explica que, quando acontece um acidente, muitas vezes há perda daquele funcionário ou o seu afastamento, devido ao prejuízo à saúde. Isso sem contar o impacto nos familiares, que também vão sofrer. Ou seja, o melhor é investir em segurança. “Dessa forma, se estará protegendo a vida dos colaboradores, trazendo um ambiente salubre e evitando os custos para o próprio empreendedor e para o Governo, pois, depois de um certo período, esse empregado é afastado, e acaba toda a sociedade pagando peloacidente”, observou. 


O professor afirmou que toda empresa precisa ter um programa de gerenciamento de riscos. A legislação define as ações a tomar. Erisco, conforme Lopes, é a probabilidade da ocorrência de um acidente e suas consequências. “Então, dependendo da empresa e do tipo que desiste mas que está operando, pode ocorrer um acidente ampliado, aquele que envolve não só a empresa, como também a sociedade, porque ele vai atingir forrados muros da organização, causando uma grande destruição.” 


Um exemplo aconteceu no México. Neste mês, mais de 2 mil pessoas foram removidas nas proximidades de um oleoduto que vazou. “O gerenciamento de riscos (…) é uma arma que você usa preventivamente”, disse o professor, que enxerga o Polo Industrial de Cubatão como “bem modernizado” em relação a essas exigências. 


O trabalho desenvolvido pelas empresas também conta com a tecnologia como aliada para reduzir os acidentes de trabalho. Antigamente, a Refinaria Presidente Bernardes utilizava uma tocha para pôr fornalhas em operação. Hoje, há sistemas direcionados de controle digital a distância, permitindo que a fornalha seja acesa de uma sala de controle, sem funcionários no local.


Fonte: A Tribuna Jornal Santos

Foto: Reprodução 


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