Superávit de US$ 100 bi pode virar rotina, diz estudo

A balança comercial, influenciada pelo setor de petróleo, poderá ter “superávits bem acima de US$ 100 bilhões pelos próximos anos e com isso trazer grande estabilidade ao setor externo da economia brasileira”, segundo estudo publicado na última quarta-feira (17), pela MCM Consultores. No ano passado, a balança teve saldo positivo de US$ 98,8 bilhões, o maior resultado da série histórica e alta de 60,6% em relação a 2022. 

 

O estudo da MCM tem como base projeções realizadas pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), para o desempenho do setor de petróleo nos próximos anos. Também considera, entre outras variáveis, que o “preço médio do petróleo segue o mercado internacional nos próximos 12 meses”. O preço do barril do Brent, por exemplo, ficaria “pouco acima de US$ 70” em 2024 e na sequência seria reajustado a 2% ao ano. 

 

A estimativa da EPE é que a produção diária poderá alcançar 5,4 milhões de barris em 2029, contra aproximadamente 3,3 milhões do ano passado. Além disso, segundo a EPE, a tendência é que as exportações de barris acompanhem “o aumento da produção”. 

 

Com base nessas premissas, a balança comercial poderá registrar superávit de US$ 100 bilhões em 2024, no cenário mais otimista. Isso aconteceria devido ao contínuo e expressivo aumento do superávit na rubrica petróleo, que poderia atingir US$ 90 bilhões no fim desta década. 

 

Nos últimos meses, diversos economistas têm levantado a hipótese de as exportações brasileiras estarem passando por um crescimento estrutural, por causa tanto do próprio petróleo, quanto do setor agropecuário.

 

Autor: Estavião Taiar 

Fonte: Jornal Valor Econômico 

Foto: Reprodução 

 

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