Em junho, a Autoridade Portuária de Santos (APS) deve apresentar o edital de convocação pública para instituições interessadas em gerenciar e explorar a Usina Hidrelétrica de Itatinga, em Bertioga, que oferece energia para o cais santista. A exploração será por meio de parceria público-privada (PPP), e prevê um conglomerado turístico e de hotelaria no local, além do melhoramento da usina e a instalação de parque de produção de hidrogênio verde.
Em julho do ano passado, o presidente da APS, Anderson Pomini, já havia anunciado o plano de conceder o gerenciamento da Usina de Itatinga à iniciativa privada, por intermédio de uma PPP. A finalidade é intensificar e estender a capacidade de geração de energia elétrica, além da modernização de fios de alta tensão que chegam até o Porto de Santos.
“As nossas premissas são geração de energia renovável para o Porto de Santos, ou seja, uma das pautas principais para a descarbonização”.
Em relação à concessão da usina, Anderson Pomini expõe que vai organizar a área para recepcionar turistas e gerar energia limpa para o Porto de Santos, “principalmente, para (atender) os navios que mais poluem, que são as dragas, os de passageiros e os rebocadores”, detalha o presidente da APS.
O investimento estimado para a planta de hidrogênio verde é avaliado em R$ 500 milhões.
A USINA
A usina tem a capacidade de produzir até 15 megawatts por hora de energia elétrica, suprindo a sede administrativa do Porto de Santos em 99% e mais 10 terminais arrendatários em 35%. O acesso a Itatinga é por lancha, percorrendo o Canal de Bertioga num percurso que dura aproximadamente um hora e meia. Alcançando Bertioga, para adentrar o complexo da usina são utilizados bondes da década de 1920, que se deslocam por 7,5 km. A viagem dura cerca de 25 minutos.
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