Com indústria estagnada no mundo, Brasil sobe no ranking

 

Mesmo registrando contratação em sua produção fabril pelo terceiro semestre consecutivo, a indústria brasileira subiu 20 posições no ranking global de desempenho da produção física, elaborado pelo Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi).

 

Ainda assim, a indústria nacional segue longe dos primeiros lugares. O país subiu da 78ª para a 58ª posição na edição mais recente do ranking, referente ao terceiro trimestre do ano passado e elaborado a partir de dados da Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (Unido, na sigla em inglês). A melhora ocorreu mesmo com uma queda de 0,9% da indústria manufatureira no período, na comparação com 2022. 

 

Nações importantes, que ocupam posição de destaque nos ranking de valor agregado, tiveram desempenho pior que o brasileiro e ficaram abaixo do país do ranking do período, como Alemanha (67ª posição), Coreia do Sul (76ª), Itália (81ª) e Japão (84ª).

 

Outro fator em que o Brasil difere do mundo é o recorte por intensidade tecnológica. Lá fora, são os fatores de média-alta e alta tecnologia que puxaram o desempenho da indústria manufatureira, com alta interanual de 2,2% puxada por atividades como setor automotivo (7,5%), equipamentos elétricos (4,6%) e computadores e eletrônicos (3,1%). Já o restante dos ramos recuou 0,7% no mesmo período.

 

No País, é a indústria de média-baixa tecnologia que tem puxado a produção, com alta de 3% no terceiro trimestre. São destaques nestes setores a produção de alimentos, bebidas e fumo (1,3% e 4,8% respectivamente) e coque, derivados de petróleo e biocombustíveis (2,7% e 6,2%).

 

A indústria local de média-alta tecnologia, por sua vez, recuou 8,1%. Faz parte desse segmento, a produção de carros, que registrou a queda de 12,1% no período após o pacote de ajuda do governo no primeiro semestre. 

 

Fonte: Jornal Valor Econômico

 

Foto: Reprodução 

 
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