Atualmente as economias globais estão se restabelecendo pós-pandemia da Covid-19, isso inclui os eventos importantes de rotas marítimas, que voltam a ameaçar o comércio internacional e que podem afetar diretamente o Brasil.
Uma seca histórica baixou o nível da água do canal do Panamá, o que diminui o fluxo de navios que cruza a rota marítima da América Central, por onde passam 6% do comércio global.
Do outro lado do planeta, ataques de rebeldes houthis, no mar Vermelho, afetam toda a rota que passa pelo canal de Suez, no Egito, com cerca de 12% do comércio mundial.
A DHL Global Forwarding, por exemplo, oferece transportes marítimos e aéreo para rotas do Brasil que vão à costa oeste dos Estados Unidos. Nessa leva de empresas que oferecem transporte, a dinamarquesa Maersk, anunciou que vai usar ferrovias para cruzar o Panamá enquanto houver restrições do canal.
Só em 2023, o Brasil enviou 1,5 milhões de toneladas para a região do Oriente Médio. Vale lembrar que rotas que não são prioritárias para o Brasil acabam prejudicando algumas indústrias.
Um exemplo disso é quando aconteceu o bloqueio do canal de Suez, com o encalhe do navio Ever Given, que travou toda a região marítima de exportação brasileira em 2021. Principalmente no Porto de Santos.
Autor: Thiago Amâncio
Paulo Ricardo Martins
Fonte: Folha de São Paulo
Foto: Divulgação