Os diversos impactos causados pela mudança climática nos últimos anos deixaram cada vez mais clara a urgência em descarbonizar a economia mundial. Tal iniciativa deve vir de toda a sociedade, tanto das empresas quanto do setor público e da população. Para o setor marítimo e portuário, o cenário não é diferente.
A pesquisa conjunta da Global Maritime Forum, Global Center for Maritime Decarbonisation com a Maersk Mc-Kinney Moller Center, mostra que as empresas deste setor têm se posicionado de forma mais sustentável: até 2050, mais de 80% dos armadores pesquisados deverão substituir combustível fóssil por alguém menos poluentes, como gás natural ou hidrogênio verde.
A previsão da meta é para daqui 25 anos, mas já é possível notar os sinais de transição. De acordo com a plataforma Alternative Fuels Insight, houve encomenda de 298 navios propelidos com combustíveis alternativos em 2023, um aumento de 8% em relação ao ano anterior.
O maior uso de combustíveis alternativos pelos armadores ensejará uma mudança dos combustíveis oferecidos pelos portos onde esses navios irão atracar.
A promissora notícia da parceria entre o Porto Sudeste e a RightShip na utilização do Porto de Emissões Marítimas (MEP, na sigla em inglês) pela primeira vez na América Latina. Esse sistema visa as emissões do navio que utilizam a instalação, permitindo que o terminal consiga mensurar e gerir melhor as emissões geradas pela sua operação, além de oferecer insumos para programas de descarbonização.
A descarbonização global deve ser um esforço de todos, governos, agências, empresas e população, em prol de toda a sociedade.
Autor: Gesner Oliveira
Fonte: Jornal A Tribuna
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