O Governo Federal planeja investir R$ 700 milhões em hidrovias de todo o País este ano, alta de 11% em relação aos R$ 648,4 milhões gastos no setor em 2023. Comparando com 2022, quando o montante ficou em R$ 192 milhões, o aumento chega a 275%.
Os dados foram apresentados pelo ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, durante evento, na tarde de ontem, na Bolsa de Valores de São Paulo (B3), na Capital. Segundo ele, o investimento será principalmente em dragagens, para aumentar o escoamento da produção brasileira.
O ministro reafirmou o compromisso assumido no ano passado de criar a Secretaria Nacional de Hidrovias, o que deve acontecer “nos próximos dias”, diz o Ministério de Portos e Aeroportos (MPor).
“Nunca foi feita concessão, nenhuma PPP (parceria público-privada) em hidrovias no Brasil. A expectativa é que possamos fazer mais de cinco novas PPPs de hidrovias no País”, afirma o ministro.
Costa Filho lembrou que o Brasil tem 18 mil quilômetros de hidrovias navegáveis, mas com capacidade de chegar em até 42 mil quilômetros. “O potencial é ainda maior depois de alguns estudos que estão sendo feitos, pela Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários) e pelo Governo Federal, de chegarmos a 64 mil quilômetros. Está sendo feito um mapeamento nacional para esse novo modal de transporte no País”.
Segundo o ministro, cada comboio de transporte hidroviário representa 515 caminhões ou 258 vagões de trem a menos em circulação. “Temos muitos projetos em andamento. Liberamos agora R$ 3 bilhões para um grupo brasileiro que vai comprar 400 barcaças para operar no eixo da Amazônia Legal, no Eixo Norte do País, e fazer exportações”.
PORTO DE SANTOS
Costa Filho também voltou a falar sobre investimentos em portos, citando o túnel imerso Santos-Guarujá como a maior obra do novo Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), com custo de R$ 6 bilhões, em parceria com o Governo do Estado. Lembrou da dragagem, com custo de R$ 6 bilhões, e a Avenida Perimetral, avaliada em R$650 milhões.
“Então, só o Porto de Santos, que representa mais de 30% da corrente de exportação e importação no Brasil, vai receber nos próximos quatro ou cinco anos investimentos da ordem de R$12 bilhões”.
O ministro também ressaltou que nos próximos três anos serão feitos aproximadamente 35 novos leilões em portos no Brasil, com investimentos previstos de quase R$ 15 bilhões.
Fonte: A Tribuna Jornal Santos
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