O Conselho de Administração da Petrobras aprovou ontem o nome de Renato Galuppo, indicado pelo governo para um dos cargos vagos como conselheiro da companhia.
“O processo de análise e de eleição foi submetido aos procedimentos de governança aplicáveis, não tendo sido constatado qualquer impedimento para assunção de cargo de administração na companhia”, disse a estatal, em comunicado.
A indicação do advogado (que vai substituir Efrain Cruz, ex-secretário executivo do Ministério de Minas e Energia) faz parte da estratégia do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, de ampliar a sua influência na empresa, em um contexto de embates com o presidente da estatal, Jean Paul Prates.
Silveira e o ministro da Casa Civil, Rui Costa, têm usado o Conselho de Administração da Petrobras para influenciar na gestão da empresa e manter políticas defendidas pelo governo. Prates, por sua vez, diz a aliados que tem uma relação de confiança com Lula e que a ida do presidente à refinaria de Abreu e Lima (PE) nos últimos dias é uma prova disso. Galuppo chegou a ser indicado no ano passado, mas seu nome acabou vetado por ter ligação com um partido político.
Agora, o nome de Galuppo foi aprovado pelas instâncias internas de governança.
INTERESSES DO GOVERNO
A política do governo para a empresa está orientada a pôr fim ao preço de paridade de importação (PPI) para os combustíveis. Essa política já foi mudada, com outros componentes na composição de preço dos combustíveis. O governo também mira a redução do pagamento de dividendos, integração da empresa, aumento do conteúdo local, um plano de investimentos maior do que os de gestões anteriores, investimentos em transição energética e gás natural e a retomada da atuação na área de fertilizantes.
Fonte: Jornal O Globo
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