Sobre as águas da Represa Billings, energia elétrica | Opinião

Quem sobe ou desce a serra já se acostumou a enxergar unilateral estrada o imenso reservatório de água que abastece parte da Região Metropolitana de São Paulo, a Billings. Desde o mês passado, a quase centenária represa passou a ter uma função extra: gerar eletricidade a partir da captação da energia solar. 


A Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae), órgão do Governo do Estado, instalou ali a maior usina fotovoltaica flutuante do País, projeto que amplia a geração de energia limpa em São Paulo e pode ser estendido para outros sistemas hídricos, como lagos, lagoas térios. 


A Usina Fotovoltaica Flutuante (UFF) Araucária foi entregue pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) em janeiro, tem 10,5 mil placas sobre lâmina d’água alinhadas lado a lado, instaladas sobre flutuadores de polietileno de alta densidade. A planta tem capacidade para produzir até 7 megawatts de potência, mas por ora apenas 5 megawatts estão conectados à rede, o equivalente ao consumo de 4 mil residências. O investimento inicial foi de R$ 30 milhões, e até o final de 2025 haverá a entrega de outros 75 megawatts de energia renovável e investimentos de R$450milhões. 


Segundo a Emae, que responde também pela Usina Elétrica de Henry Borden, em Cubatão, a UFF Araucária será a maior do País a operar comercialmente na modalidade Geração Distribuída, ou seja, com geradores localizados próximo aos centros de consumo, no caso, a Região Metropolitana de São Paulo. 


HISTÓRICO 


A Represa Billings tem 108 quilômetros quadrados de área e é um dos maiores e mais importantes reservatórios de água da Região Metropolitana de São Paulo. A oeste, faz limite com a bacia hidrográfica da Guarapiranga e, ao sul, com a Serra do Mar. Genésio Betiol Júnior, assessor executivo da presidência da Emae, explica que a ideia de usar a superfície da represa para a instalação de placas fotovoltaicas foi precedida de testes para avaliar se incidências eram suficientes para gerar energia de maneira eficiente. “O resultado foi positivo e superou nossaexpectativa”, conta. 


O passo seguinte foi publicar uma chamada pública para avaliar se outros parceiros queriam se associar à Emae no projeto de uma usina. A Emae estabeleceu um consórcio com os três parceiros privados que surgiram os passos seguintes foram dados: instalação,licenciamento ambiental, conexão com a rede de energia distribuída.


“Foram três anos de atividades até inaugurarmos essa primeira usina.” A UFF Araucária ocupa apenas 0,1% da área total represada. Com equipamentos instalados e testados, a Emae aguarda apenas a etapa final, a emissão da licença de operação da Cetesb e a validação da empresa que distribui a energia, para entrar em funcionamento.


Fonte: A Tribuna Jornal Santos

Foto: Reprodução 


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